Revisitar. Há muitos anos que eu tenho o hábito de escrever meus pensamentos, sentimentos e ideias. Conquistas, desabafos, rabiscos e rascunhos. Papéis e mais papéis com uma combinação infinita de palavras.
Reencontrar meu eu passado é um dos momentos em que pego na minha mão e me acolho. Entendo que eu não preciso ser tão auto exigente e que preciso trabalhar a memória, porque eu sempre digo isso (risos). É sobre ter um olhar empático para as minhas falhas e não enxergá-las como vulnerabilidade, como se só erros existissem.
Recomeçar. Sempre é possível começar de novo, afinal, já se sabe um caminho e a escolha de refazê-lo ou de se aventurar por outros cantos. Nessas visitações em mim, encontrei duas frases um tanto quanto irônicas colocadas uma do lado da outra: "tinha que ser, era preciso" e "eu tenho escolha, sim". Achei interessante a conjugação do verbo ter nas duas situações. Uma no passado e outra no presente.
Em um de seus ensaios religiosos, Mokiti Okada, fundador da Igreja Messiânica Mundial e reconhecido pensador de origem japonesa, diz que nós podemos mudar o nosso destino de acordo com o nosso nível espiritual. Logo, recomeçar é a chance de fazer diferente e deixar a conjugação ser futuro. Terá que ser e terá que escolher.
Reinventar. É preciso muita força e coragem para fazer de no. Falando de forma bem clichê, é a junção do passado e presente que forma o futuro. Ele não surge do nada. Reinventar é refinar e aprimorar. Ciclos se encerram e outros se renovam.
Meus textos sempre mostram que me reinvento, que sempre sinto que estou perdido ou confuso, na verdade são os sentimentos do processo. O novo faz isso com a gente. As vezes assusta, nos convida a mudar.
Perseverar!
Talvez, essa seja a parte mais difícil. Continuar e viver a mudança. Conseguir enxergar a mudança do destino. Conseguir sentir passado, presente e futuro, mesmo que por poucos segundos.
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