A ideia acabou. E agora?
Fiquei pensando sobre isso quando comecei a atrasar a minha escrita. Tinha ideia, mas não tinha desenvolvimento. Acabaram as palavras, então?
Na verdade, nada acabou. No texto passado eu disse que está tudo aqui dentro e já estava esquecendo, de novo. Vê se pode? Porém, me fez pensar que perseverar não é apenas insistir, mas sentir em cada pedacinho de mim o sonho.
Muita coisa acontece todo dia e é normal a mente dispersar. Como quando eu pego o celular pra fazer algo específico e me distraio com a barra de notificações ou, ainda, quando cismo de cozinhar várias coisas e ao mesmo tempo lavar a louça. É certo de quase queimar alguma comida.
Realmente, o mundo pede a nossa atenção mais do que pensamos. As 24 horas diárias parecem não ser mais suficientes, pois resultados precisam acontecer logo que possível. Nos dispersamos no tempo e esquecemos que ele é único para cada caso. Controlar o tempo é o que todo mundo quer. Conseguir fazer tudo, ter mais tempo com aqueles que amamos, desacelerar os minutos para que o inevitável não aconteça, e acelerar as horas para ver acontecer o quanto antes.
Eu esqueço que sou humano e que não posso controlar tudo, e ao tentar enxergar tudo, não vejo nada. Logo, a sensação de que a ideia ou as palavras acabaram. Não controlo o tempo, mas tenho a capacidade de administrar minhas atividades. Isso é persistir.
Por aqui, sigo procurando sentir em cada canto de mim o sonho. Sigo aprendendo com os dilemas e ensinamentos da vida, curtindo os processos, como no cinema, onde a gente senta com a pipoca, se acomoda, os olhos brilham a cada cena e no final saímos com mais uma história.
Tem ideia e tem palavra.
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